2003/03/06

JotaJota, não penses tanto... um gajo tem de mostrar que os tem no sítio de vez em quando...
(Batana)

2002/05/14

Oh JotaJota, estamos no bom caminho então.
Eu sempre achei que tu não és parvo nenhum e que não irias desperdiçar a oportunidade da tua vida quando a encontrasses.
Bom, para iniciarmos isto tem de haver algum papel, claro: para isso, aqui eu, consigo arranjar 10000 euros. Era bom que arranjasses outro tanto...
Lá no banco não deve ser difícil para ti, aposto.

2002/05/12

"Este gajo deve pensar keu nasci ontem" pensou JotaJota. "Peraí que já bebes. Isso era dantes. Agora eu sou outro.Kem se vai rir no fim disto tudo é cá o bacano. Olé se vai".

2002/05/10

Mário poisou lentamente o copo de imperial. "Tava a ver que não. O bacano havia de concordar.Mais tarde ou mais cedo.Agora é só pôr o resto do plano a funcionar.
Este tótó já alinhou. Agora vai trabalhar pra mim, ehehehehehhehe"
Bom, entretanto passou-se mês e meio...
Promessas, promessas, mas nada de zarabatana...
Zarabatam-nos!

2002/04/01

Foda-se, que a história não continua, suspiram os internautas...

2002/02/07

- Ok pá, tens razão. Olhar para aqueles dois que singraram na vida à conta das mulheres e pensar que ando para aqui a trabalhar como um estúpido só para ter uns tostões... mereço mais realmente.
Alinho no esquema! Até te digo já mais: consigo arranjar uma meia dúzia de gajos clientes lá do banco(malta VIP), que fácilmente caí na treta. Vamos a eles!
(Batana)

2002/01/26

Porra que tu és desconfiado!
Tou farto de te oferecer entrada em esquemas e tu nunca aceitas. Sei que tás a precisar de papel e falo-te nisto e é assim que agradeces? Eu devia mas era ...
Mário interrompe a frase ao ver entrar Mé-Mé acompanhado por Arturinho e Lili. Conhecido em todo o bairro como Arturinho, tratava-se na verdade do Dr. Artur Antunes, um filho do bairro que singrou na vida, licenciado em Direito com escritório montado na Baixa, continuava a viver no bairro e a frequentar os mesmos sitios de sempre.
Lili era o carismático presidente da Junta de Freguesia e tinha acabado de ser eleito presidente do Futebol Clube Unidos do Bairro. De seu nome Emiliano Esteves, era também o dono do bem frequentado talho paredes meias com o Copas.
Deixa cá ver então se eu percebi. A malta arranja maneira de pôr câmaras nos quartos das meninas da Vanda, certo? Depois pega nas cassetes e é só espalhar a noticia e arrecadar o cacau c'os tótós nos vêm trazer ? Tu deves pensar que eu é que sou tótó, não ? Para já não tou a ver como é que vais arranjar não sei quantas câmaras de filmar. Depois das duas uma : ou contratas a Vanda e as meninas e tens que lhes pagar antecipadamente (já para não falar do risco que corres de elas te denunciarem) ou então tens que meter lá as câmaras ás escondidas. Depois, se fosse tudo tão simples e desse tão bom dinheiro, ficavas com o esquema só pra ti. E finalmente, que é o que me preocupa mais, ainda não me disseste qual é o meu papel nisto tudo.
Márinho, Márinho, eu conheço-te, pá! Deixa-te de tangas e abre o jogo todo, pá !
Tu sabes que eu preciso do guito. Se o esquema me agradar até entro. Mas cheira-me que tu não precisas de mim. Precisas é de alguém que trabalhe num Banco pra financiar a cena. É ou não é?

2001/12/21

- A Vanda, mulher do Valter é a peça chave disto tudo. Ela agora já não anda na rua, abriu a sua casa própria e tem para aí uma dúzia de gajas a trabalhar para ela. Tudo do melhor, nada de ranhosas.
Como é natural, a clientela também é tudo do melhor... até secretários de estado lá vão.
Bom, já estás a entender?
(Batana)

2001/12/18

Claro que não, man. Mas isto não é coisa só pra nós os dois.
Escuta o plano :

2001/12/13

JJ ficou alguns segundos a olhar o infinito.
Mas afinal, esta ideia do Mário até era boa, e nem parecia nada de ilegal... eles só dariam dinheiro se quisessem. Aceitar não seria nenhum crime!
- Mário! Alinho nisso. Mas explica-me lá bem como é que vamos fazer isso? Qual é o meu papel nisso tudo? Deve ser a parte pior da história, que tu nunca dás ponto sem nó... conta lá. Não me vais dizer que é para entrar no quarto e meter a câmara a funcionar aí, pois não?
(Batana)
"Já calculava. Dessa tua carola coisa boa não saía. Isso é chantagem, porra!"
"Fala baixo, pá" atalhou Mário "não percebeste a ideia. Nós não vamos exigir aos visados dinheiro senão divulgamos as imagens. Nada disso. Arranjamos a câmara. Filmamos os bacanos sem os gajos toparem. Depois pomos a correr a ideia de que alguns ricos e famosos foram filmados em situações menos próprias. Tipo Taveira tás a ver? E que um jornal ou revista ou mesmo TV vai mostrar tudo.Como ninguém sabe quem foi filmado, todos os que tiverem culpas no cartório ficam á rasca. Vão querer pagar para as imagens não serem divulgadas. Eles é que hão-de vir ter connosco para pagar. Os que foram filmados e os outros. Percebes agora? Só temos que nos fazer dificeis para os gajos pagarem bom dinheiro. É dinheiro em caixa, pá!! É ou não é?"

2001/12/10

Mário endireita-se na cadeira, põe um ar sério e num tom decidido, avança com a ideia.
- JJ ! Isto um gajo tem de se fazer à vida, tem de se orientar, pá. A mim a vida corre-me bem, na maior, mas tu não estás muito bem. Foi mais a pensar em ti que tive esta ideia. Podemos ganhar umas massas valentes. Como o Valter, Ahahahahahah! Valentes, estás a ver? Bom, mas vamos ao que interessa: a ideia é muito simples. Vamos fazer umas filmagenzitas aí pela night.. Apanhamos uns quantos(e quantas!) desprevenidos, descobrimos quem são, e depois é só sacar-lhes a nota. Senão... o filminho vai circular por aí...
Então que tal? Isto ainda por cima tem um bom fundo: é que é malta que não anda a ser honesta. Que achas?
(Batana)

2001/12/09

Desde miúdo Jotajota tinha sempre tentado manter-se do lado certo da vida. Os conselhos do seu tio Carlos Carneiro (conhecido no bairro como o Mé-Mé) sempre lhe tinham apontado o caminho da honestidade.Orfão ainda com meses, tinha sido criado pelos avós.Mé-Mé vestia com orgulho a farda da PSP, chegando mesmo a afirmar alto e bom som no Copas que "Isto é a minha vocação! Nasci pra ser policia, prontos!". Jotajota tinha crescido a ouvi-lo dizer que mais valia ser pobre mas honesto do que rico com dinheiro sujo.Tantas tinham sido as vezes em que recusara fazer parte de planos engendrados pelo Márinho e pelo Valter. Mas agora com o bébé a chegar...

2001/12/06

- Não penses mais nisso pá, anima-te! Sô Lopes, traga aí dois martines. Eh lá, olha-me só aquela que entrou agora...
- Ganda febra. Parece a gaja do snack em frente ao banco. À pála dela ando a beber uns 6 cafés por dia.
- Bom, mas vamos ao que interessa. Quer dizer, vamos a negócios, porque interessar até me interessa, mas as gajas é que gostam de se fazer esquisitas como se não gostassem...
Tenho um negócio a propor-te. Uma coisa a sério, que pode dar-nos muito dinheiro a ganhar. Podes vir a largar o banco, cheio da nota e depois aí é que já falas de alto com a tua patroa.
É que as gajas querem-se bem alimentadas e com os bolsos cheios que é para andarem pianinho.
- É. Acho que tens razão. No meu caso a parte dos bolsos cheios é difícil.
Mas afinal que negócio é esse? - perguntou JJ - Espero que seja legal.
(Batana)
Jotajota nem lhe respondeu. Sorriu de novo e baixou o olhar. Afinal, ele tinha casado por amor. Não que tivesse sido um daqueles namoros de adolescente. Nada disso.Tinha conhecido Maria Montalegre precisamente no sitio onde estavam. No Copacabana Café.Era aqui no Copas que todo o bairro se encontrava. Mês e meio depois de Valter Valente os ter apresentado já combinavam em que igreja seria a cerimónia.
Moreira tinha razão. Mais dia menos dia tinha que conversar com Maria e por tudo em pratos limpos. O homem lá em casa era ele, caramba! E muita coisa havia para esclarecer, lá isso havia...
(Zarab)

2001/12/04

Júlio Janardo(o JJ para os amigos) chega finalmente ao Copacabana, quase uma hora atrasado. Mário ri-se dele...
- Se não trabalhasses, tal como eu faço, já não chegavas assim atrasado!
E o sorriso transformou-se numa gargalhada profunda e boçal.
JJ sorri também, mas em tom amarelo de quem nada pode fazer para mudar o destino.
- Mal estaria se não trabalhasse. Fazem-me falta os trocados que me pagam lá no banco. Ainda por cima agora com a Maria grávida... quando parir vai ser um balúrdio só em fraldas! A Maria diz que nem pensar em usar das de pano.
Mário já não ri, antes faz um ar preocupado.
- JJ, olha, ou te pões a pau, ou ainda vais acabar a mudar fraldas e a dar biberom. Mas tu não os tens no sítio, pá?
(Batana)

2001/12/03

Arrancou a grande velocidade, estava atrasado para o encontro que tinha marcado com Mário Moreira. Como de costume, Mário tinha já chegado ao Copacabana Café e ocupava a mesa mais próxima do WC feminino. "Nunca se sabe." dizia ele "Se alguma dama precisar de auxilio, sou o que tou mais à mão".
Júlio e Mário tinham crescido juntos, mas nunca Moreira tinha precisado de descer tão baixo quanto Júlio.
"Trabalhar? Eu? Para quê? Para ganhar dinheiro não é de certeza!" costumava dizer. " O dinheiro vem ter comigo, man!".
(Zarab)
Porque não começar assim:
3 de Dezembro de 2001, Júlio Janardo sai como habitualmente do seu emprego, uma instituição bancária onde é paquete, e dirige-se para o seu carro. Apesar de já caminhar para os seus 30 anos, o belo Ford Capri GT II nunca o deixava ficar mal.
(Batana)